DO  NADA  AO  TUDO

DO NADA AO TUDO

Postado por: Pascom Pallotti

Umuarama-PR

No dia 22 de Janeiro de 2019, realizou-se na Paróquia São Vicente Pallotti a celebração Pelo dia de São Vicente Pallotti. Celebração presidida pelo Pároco Padre Francisco Jose Navarro e Cocelebrada por Dom Jose Maria Maimone. Iniciou-se com uma procisão com a Imagem do Padroeiro e a participação da comunidade,  após o encerramento da missa, hover uma confraternização com a comunidade.

Segue a homilia na íntegra de Dom José:

- Seria pesada – muito longa uma homilia dessa.

Nem eu conseguiria, nem vocês aquentariam.

- Eu, hoje vou contar para vocês, porque eu gosto de S V Pallotti:- Quanto mais eu leio os seus escritos, ou o que outros escrevem sobre ele, tanto mais o amo.

- Neste ano comecei a ler um livro que eu não conhecia. Escrito em 1981 por Padre Francisco Amoroso,  palotino italiano, seu título é Dal nulla AL Tutto.

- A pedido de um amigo estou fazendo a tradução para o português. Fiz só a oitava parte. Mas estou muito feliz por conhecer e amar mais nosso Padroeiro.

- Sentido do título: Pallotti se considera um nada em relação a Deus que é Tudo. São dois extremos. – Padre Amoroso analisa e interpreta seus escritos.

- É estimulante que, apesar da sua santidade, São Vicente se achava o maior pecador do mundo. Considerava todas as pessoas melhores do que ele.  – Estava certo de se a outras pessoas tivessem recebido as mesmas graças que ele, todas seriam santas.

 – São Vicente considerava sua oração como o abismo da miséria diante do abismo da misericórdia. Esta humildade é uma das maiores características da espiritualidade palotina.

- Sentindo-se pecador e sem merecimento pelas suas ações, que considerava imperfeitas, Vicente Pallotti, nos

deixou uma outra riquíssima marca da sua espiritualidade que é recorrer aos méritos infinitos de Jesus Cristo, de Maria e de todos os anjos e santos, para suprir as suas falhas.

Isto vocês podem ir percebendo nas orações que ele compôs e que muitas vezes rezamos em nossa novena permanente das quintas-feiras. – Suas orações e ações valem pouco, mas tomam valor infinito pelos méritos de...

- Assim ele nos ensina a viver o dogma que professamos no credo: Creio na Comunhão dos Santos.

Esta é uma outra característica da espiritualidade palotina: – Se a Igreja santa de Jesus é composta dos habitantes do céu, do purgatório e da terra, e se todos nós formamos uma só Igreja onde tudo é de todos, ele usa dos merecimentos de todos para pedir o que deseja. E Deus não pode negar uma grande ou pequena graça a quem lhe oferece tantos méritos.

- Em um retiro espiritual, com apenas 21 anos, ele anotou alguns propósitos: 

 “Peço a Deus que me dê morrer infinitas vezes e sofrer infinitas penas antes que cometer um só pecado venial; e irei procurar impedir que outros pequem, e deste modo todos daremos a Deus uma glória, se fosse possível, infinita”

“Desejo profundamente que venha logo o fim do mundo, só para não acontecer mais o pecado”

“Com a graça de Deus buscarei em todas as minhas ações não buscarei nada mais que a salvação das almas e a gloria de Deus” 

“Promoverei com todas as forças a devoção a Maria; mas devoção a Nossa Senhora significa imitar seu Filho e aprender dela como imitá-lo” 

Acreditava que quanto mais ele humilhasse, mais daria Gloria a Deus!

E ergue a Deus um trono de grande atitude:

“Deus meu!

Não a inteligência, mas Deus.

Não a vontade, mas Deus.

Não a alma, mas Deus.

Não a vista, mas Deus.

Não o ouvido, mas Deus.

Não o sabor, mas Deus.

Não a respiração, mas Deus.

Não o tato, mas Deus.

Não o coração, mas Deus.

Não o corpo, mas Deus.

Não o ar, mas Deus.

Não o alimento, mas Deus.

Não o vestuário, mas Deus.

Não a cama, mas Deus.

Não os bens espirituais, mas Deus.

Não a riqueza, mas Deus.

Não as honras, mas Deus.

Não os destaques do mundo, mas Deus.

Não sãs dignidades, mas Deus.

Não as promoções, mas Deus.

Deus em tudo e sempre!

Sim, ó meu Deus, quero a vós, porque esta é a vossa vontade. Por mim mesmo eu não deveria sequer ter a coragem de invocar-vos, porque  eu vos traí e crucifiquei.

Sim, Deus, confesso-me réu de todos os pecados. Tenho impedido todo o bem; pela vossa infinita misericórdia dignai-vos sanar tudo isto. E estou certo de que o fareis pela intercessão de Maria.”                                                                                           

A expressão “Meu Deus, eu vos desejo porque esta é a vossa vontade” parece exigir uma pausa, pois no primeiro relance não alcançamos plenamente seu sentido. Com ela Vicente quer dizer: Meu Senhor, quando penso naquilo que sou, sinto até mais coragem de suplicar-vos, mas como poderei conceber por mim mesmo o desejo de possuir justamente a vós, Deus infinito? Portanto, se eu o digo não é porque se encontra em mim qualquer motivo que me leva a essa ousadia; a única fonte da minha audácia é o vosso amor que vos inspirou a dar-me Jesus Cristo que é Deus convosco.

Poder rezar, diz ainda Vicente, é um dom de Deus. Quem sai ganhando na oração nunca é Deus, é sempre e somente aquele que reza. A lei de amara a Deus não é dada para fazer Deus ser maior, mas para fazer maior o homem que, amando a Deus, se abram as portas de um céu infinito, pois amando a Deus poderá possuir Deus.

No trecho citado Vicente fez a poesia da renegação de si mesmo. Não se sabe se este longo rol todas as suas renúncias ou antes saborear a doçura daquele Deus que é a recompensa de tudo que ele renunciou por amor. E parece mesmo que a extensão seja em função daquele “Meu Deus” que triunfa em cada renúncia. De fato terminada a enumeração explode naquele “Sim, meu Deus, eu vos desejo”.

Esta página poderia ser chamada de hino à pobreza de espírito, pois esta é realmente a pobreza de espírito: Renuncia tudo para em contraposição só Deus seja o seu Senhor. Pobreza realmente singular, quando se prende ao Criador e não a uma criatura, o Infinito pelo quase nada.

TRÊS LEMAS DE SÃO VICENTE PALLOTTI:

PGD = Para glória infinita de Deus,

PSA = Para a salvação das almas,

PDP = para destruição do pecado. (Novena p. 44)

Em 1962 eu fiz uma poesia inspirada na espiritualidade de SVP. (Novena p. 43).             - Porque ele se humilhou, Deus o exaltou! 

GLÓRIA E LOUVOR

Glória e louvor ao ínclito vicente,

Que deus encheu de seu divino amor;

Em seu viver, buscava tão somente

Glorificar sem fim nosso senhor. 

 

Glória e louvor a deus eternamente,

Que coroou de glórias são vicente;

Glória e amor por deus ter exaltado

Quem se julgava ‘nada e pecado’. 

 

Glória e louvor à grande caridade.

À mansidão do servo do senhor,

Que procurou, repleto de bondade

A salvação do homem pecador.

 

Glória e louvor a deus eternamente,

Que coroou de glórias são vicente;

Glória e amor por deus ter exaltado

Quem se julgava ‘nada e pecado’. 

 

Glória e louvor, ao brilho de soldado

Que em são vicente o mundo admirou;

Querendo ver seu deus sempre adorado,

Contra o pecado guerra declarou.

 

Glória e louvor a deus eternamente,

Que coroou de glórias são vicente;

Glória e amor por deus ter exaltado

Quem se julgava ‘nada e pecado’. 

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